Carta aos Xaverianos: “Bom dia, boa tarde, boa aula, feliz vida”
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Carta aos Xaverianos¹
Ipiranga, SP, 03 de setembro de 2016.
“Bom dia, boa tarde, boa aula, feliz vida”
Caros Xaverianos, Paz.
Nas últimas semanas, pude ter a experiência de acolher os educandos que pela manhã e pela tarde entram no SANFRA. Uma pequena multidão aflui cotidianamente àquelas portas e me faz refletir sobre quem é esse educando que entra por aqueles umbrais e como será que ele, ao fim do turno, sairá dessa Casa de Educação. Aqui permito-me espraiar-me um pouco sobre dois pontos igualmente importantes: o fim do turno diário e o fim do turno escolar-formativo, conquanto nesse mês de setembro, mês que acolhe o dia da Independência do Brasil (que pode evocar interdependências entre todos), teremos o fim do II Trimestre Letivo e o início do III Trimestre Letivo, vejo nisso uma razão a mais para a pausa necessária à reflexão sobre fins e começos, sobre começos e fins.
No fim do turno diário, no qual os educandos regressam aos seus lares, creio que a pergunta axial que eles podem se autopropor deva ser: “como gastei essas horas que vivi em meu dia”? No fim do turno diário, encerrando sua jornada de labor, a mesma pergunta vale também aos nossos educadores. Que a resposta a essa indagação, por parte de uns e de outros, possa ser concluída, como um mantra, com a sentença: “valeu a pena ter gastado minha vida assim desse modo no dia de hoje”. Ampliando esse horizonte, o que se falou até agora sobre tais questões e respostas por parte dos educandos e dos educadores pode ser legitimamente aplicado a todos os demais Xaverianos: pais, responsáveis, NEX, APM… Pratiquemos tal Pedagogia da Pergunta e acolhamos criticamente as respostas que se nos vêm…
Já quanto ao fim do turno escolar-formativo, chega o tempo no qual os educandos encerram um ciclo bonito de sua vida estudantil fundamental e média para entrar em um ciclo de vida acadêmica superior e no qual educadores podem contemplar o trabalho conscientemente feito para favorecer construções de valores inegociáveis a serem enraizados e defendidos em realidades as mais adversas que inevitavelmente ocorrerão na vida do egresso.
Isto é parte do que reflito quando saúdo diariamente os nossos educandos, ao estar ombro a ombro com os nossos colaboradores nas portarias do Colégio: que os que saem por nossas portas ao fim de sua jornada pontual ou histórica sejam sumamente melhores do que quando entraram aqui. Melhores em amar, melhores em servir, melhores em tudo.
Ainda a esse propósito, uma saudação recorrente que mantemos naqueles espaços vitais de acolhida inicial é “bom dia” ou “boa tarde”, conforme o período em que estamos. Regularmente, a essas saudações, bom dia/boa tarde, eu acrescento ainda o desejo de uma ‘boa aula’ aos que nos cumprimentam.
E, aos poucos, fui me dando conta que desejar uma ‘boa aula’ serve tanto para os educandos, quanto para os educadores. E isso não é pouco, pois, estendendo novamente o olhar e já que uma das metáforas pertinentes à existência é vivê-la como uma ‘grande aula’, a todos nós compete aprender e comunicar: aprender com essa mesma vida que nos é dada para amar e servir e comunicar vida aos demais para que também eles amem e sirvam. Na medida em que vamos entendendo que a vida é uma Sábia Mestra, desejo a todos, neste mês de setembro e sempre, uma ‘boa aula’ a cada dia, uma feliz lição para toda a vida e para vida toda.
Com orações,
Diretor Geral
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¹As ‘Cartas aos Xaverianos’ são produções textuais mensais que abordam, por parte da Direção Geral do Colégio São Francisco Xavier – Ipiranga, SP –, temas candentes aos Xaverianos. Chamo Xaverianos todos os que fazem parte da Família “SANFRA”: estudantes, pais, mestres, ex-alunos, educadores, assessores, coordenadores, corpo diretivo, jesuítas, inacianos a quem tais cartas se destinam.
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