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As memórias do bairro do Ipiranga estão profundamente relacionadas à história do Brasil. Isso porque foi nessa região que Dom Pedro I proclamou a independência do País em 1822. Contudo, muitos anos antes de acontecer esse fato emblemático, índios guaianazes habitavam o local. Vamos lembrar?

Os primeiros registros da região remontam ao século XVI. Nesse período, o português João Ramalho e os índios guaianazes viviam na área do Planalto Piratininga, compreendida entre a margem direita do ribeirão Guapituva e a aldeia Tibiriçá. Tempos depois, as terras foram doadas e o lugar, batizado de Ipiranga (“água vermelha”, “barrenta” na língua indígena), acabou sendo ocupado pelos brancos. Devido à localização – caminho de acesso ao Porto de Santos –, o Ipiranga viu crescer o número de habitantes e assistiu à expansão de sítios e fazendas.

Com o desenvolvimento industrial na cidade de São Paulo, o bairro recebeu muitos imigrantes de diversas profissões: carpinteiros, pedreiros, eletricistas, mecânicos, entre outros, que desembarcavam no Porto de Santos e se destinavam às fábricas instaladas na região do Ipiranga. Além dos operários, também havia outros trabalhadores, como quitandeiros, barbeiros e costureiras, o que levou o Ipiranga a ser visto como um local rico em comércio.

SANFRA na história do Ipiranga

O Ipiranga foi muito importante para a construção de São Paulo e a memória nacional. Ainda, faz parte da história do SANFRA desde 30 de novembro de 1931, quando o Colégio São Francisco Xavier foi transferido para o bairro. Como retribuição ao caloroso espaço, colaboramos para a educação de crianças e adolescentes na região.

Parabéns, Ipiranga, pelos seus 437 anos!