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Compreenda cada modelo e como o Colégio São Francisco Xavier trabalha

Por Denise Krein e José Augusto Ribeiro

Para educar no século XXI, é preciso atender às atuais demandas de uma sociedade contemporânea imersa na tecnologia, em especial, nas tecnologias digitais. É nesse contexto que nossos estudantes estão inseridos. Por essa razão, modelos mais tradicionais de ensino e aprendizagem têm perdido espaço para novas formas de educação, entre elas, o ensino híbrido.

A expressão em língua portuguesa vem do termo Blended Learning, derivado da língua inglesa: blend, que significa misturar, com learning, que significa aprendizagem. Ou seja, é um modelo de ensino que mistura, ou combina, as aulas presenciais com a aprendizagem por meio de tecnologias digitais, o chamado e-learning, ou eletronic learning, não presencial, sendo um modelo semipresencial.

O ensino híbrido é uma técnica metodológica que objetiva melhorias nas práticas pedagógicas e que dialoga com as necessidades da educação para o século XXI. A mistura entre as aulas presenciais e o uso das tecnologias digitais da informação e comunicação, as quais podem ser acessadas em outros ambientes, como na casa dos estudantes, proporciona ganhos expressivos para o aluno, por dar acesso a um aprendizado mais personalizado às suas necessidades.

Para entender melhor o modelo de ensino híbrido, é necessário explicar uma de suas formas de organização, que ocorre pela metodologia de aula invertida, ou Flipped Classroom.  Em resumo, ela organiza o estudo on-line, em casa ou em outro local que atenda às demandas estruturais e ambientais ideais, e as aulas presenciais, cujas atividades são organizadas, orientadas e acompanhadas pelo professor. O modelo de sala de aula invertida exige maturidade suficiente dos estudantes para que tenham uma rotina de estudos e uma forma de registro do aprendizado e das suas dúvidas. Podem ser adotados um diário de bordo, para realização desses registros, e mapas mentais, para examinar o aprendizado. Com a interação desses ambientes e dessas ferramentas virtuais, as aulas são mais direcionadas para o exercício do fazer e o estudante assume o protagonismo do seu próprio aprendizado.

Como o SANFRA trabalha

Esclarecida a concepção do ensino híbrido, apesar de ser uma forte tendência nas escolas, ela não foi completamente adotada pelas restrições provocadas pela pandemia. O Colégio São Francisco Xavier realizou, em 2020, aulas remotas, sendo transmitidas em tempo real de um determinado local (muitas foram transmitidas das casas dos professores) para os alunos, sendo chamadas de aulas síncronas, garantindo a qualidade do ensino.

Em 2021, com o início da flexibilização das restrições causadas pela pandemia, as aulas continuam síncronas, mas agora com parte dos alunos na modalidade presencial no Colégio e parte assistindo essas mesmas aulas na plataforma virtual da Microsoft, Teams. Esse modelo, adotado por muitas escolas, não pode ser chamado de ensino híbrido, pois se trata de uma mesma aula, sendo ministradas para os estudantes de forma presencial e remota simultaneamente.

Esse cenário traz novos desafios para os professores e para a equipe pedagógica, pois acontece uma mistura das aulas presenciais e das aulas remotas síncronas. Para lidar com essa nova realidade, são realizados investimentos em formação permanente e tecnológica com o corpo docente, com objetivos de apontar os melhores caminhos e ferramentas, examinar métodos amplamente funcionais, traçar trilhas de aprendizagem condizentes com as tecnologias disponíveis, examinar e ampliar as possibilidades de aprendizagem e esquematizar e validar se os objetivos de cada disciplina estão sendo alcançados, proporcionando excelência na qualidade de ensino. Afinal, um dos pilares da proposta pedagógica do SANFRA é a excelência acadêmica.

Sobre os autores

Este artigo foi produzido por Denise Krein, Diretora Acadêmica do SANFRA, e José Augusto Ribeiro, Coordenador Pedagógico do Fundamental II e Médio.