Autismo na escola: como é o aprendizado?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou autismo, é um transtorno do desenvolvimento neurológico. É considerado um espectro por causa da variação de graus de dificuldades nas áreas de comunicação, interação social e tendência de comportamentos repetitivos.
Conforme explica a psicóloga educacional do SANFRA, Taize de Oliveira, dentro do espectro, cada criança possui algumas particularidades de desenvolvimento. Por esse motivo, no contexto escolar, o processo de ensino e aprendizagem precisa se adequar às necessidades educativas do indivíduo. “Crianças diagnosticadas com TEA são público-alvo da educação especial, e devem ter acesso a recursos adaptados quando assim for necessário.”
Segundo a psicóloga, existem crianças com TEA que possuem déficits apenas na área de socialização. Nesse contexto, a escola deve trabalhar processos de inclusão grupal. Também há aquelas que utilizam comunicação alternativa por não emitirem o comportamento verbal, necessitando de acesso a tais recursos, em todos os contextos escolares, que visem seu progresso. “Em demais situações, há crianças com TEA com desenvolvimento cognitivo abaixo da média, e outras com desenvolvimento cognitivo acima da média. É preciso entender caso por caso para se pensar em processos de ensino e aprendizagem adaptados, individualizados, conforme necessidades e ritmos específicos”, aponta.
Taize ainda lembra que, apesar do aprendizado ser um processo comum a todos, existem recursos de acessibilidade voltados para minimizar e extinguir barreiras e para ampliar alcances conforme demandas singulares de cada pessoa. “Por isso, é preciso uma comunicação direta e constante da família e equipe multiprofissional com a Psicologia Educacional e com a coordenação escolar, para alinhar objetivos e estabelecer os melhores recursos à criança.”
Os benefícios da inclusão
Para Daniela Conti de Oliveira, coordenadora pedagógica do Infantil e Fundamental I do SANFRA, a educação é uma ferramenta importante para o desenvolvimento da criança com autismo. “No contexto escolar, a criança com TEA pode aprender tanto com as disciplinas mais acadêmicas quanto com as atividades e habilidades do cotidiano, o que garante a ela recursos importantes para solucionar diferentes situações.”
De acordo com a coordenadora, a inclusão traz benefícios para toda a comunidade, que aprende a conviver de modo a enxergar um mundo onde exista espaço para todos. “Uma escola que promove a inclusão, além de estar respeitando a lei, mostra que se preocupa com a formação de seus alunos, dando a eles a possibilidade de se conscientizarem, respeitarem e estarem a serviço do outro, promovendo a fé e a justiça”, analisa.
Como o SANFRA trabalha a inclusão da criança com TEA
A coordenadora Daniela Conti diz que a inclusão da criança com TEA deve ir além da sala de aula. “O SANFRA é reconhecido por ser uma escola acolhedora. O trabalho consiste em uma aprendizagem baseada na socialização e no desenvolvimento de habilidades e potencialidades. Todos aprendem juntos e ninguém deve ficar de fora!”
Saiba mais sobre como o Colégio promove a inclusão da criança com TEA. Assista ao vídeo da nossa psicóloga educacional Taize de Oliveira!