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A sociedade atual demanda múltiplas competências dos professores, e sua formação permanente, apesar de essencial, não é suficiente para torná-los excelentes no que fazem

Não muito tempo atrás, o professor entendia que o seu papel era ensinar o conteúdo programático e o papel do aluno era absorver o que lhe era ensinado. No entanto, a sociedade contemporânea mudou muito a forma como a informação e o conhecimento são acessados, modificando significativamente o papel do professor. Não basta dar informações aos estudantes, é preciso que essas informações sejam relevantes dentro de um contexto e que o aluno seja capaz de, pela sua própria ação, transformá-las em conhecimento e aprendizagem.

Como em outras profissões, os educadores que não estudam e não se aperfeiçoam na forma de atuar com o aluno, em como e sobre o que ensinar, ficam para trás e perdem seu lugar no tempo, tornando-se totalmente anacrônicos. Este é o maior desafio que os professores enfrentam na atualidade: ter uma prática condizente com o século XXI.

No SANFRA, ainda é necessário compreender a Pedagogia Inaciana, já que é na interação do professor com os estudantes que as metas e os objetivos educacionais da Companhia de Jesus são alcançados. Constantemente, o docente precisa buscar novas formas de ensinar e despertar a curiosidade nos alunos para o que é essencial aprender, também fazer com que eles se tornem ativos no processo de aprendizagem.

Além disso, o afeto entre aluno e professor é um fator determinante na aprendizagem, como comprovado pela neurociência no desenvolvimento de estudos sobre o funcionamento do cérebro. A Pedagogia Inaciana, há muito tempo, trabalha com a importância da afetividade. Para ela, o discente aprende na reflexão, ativando a memória, o entendimento, a imaginação e os sentimentos para captar o significado e o valor essencial do que é estudado. O afeto e a atenção prestada a cada aluno são essenciais para criar um ambiente que favoreça o Paradigma Pedagógico Inaciano.

O pedagogo também deve assumir o ideal da educação jesuíta como propósito de vida, que dá sentido e sabor a sua existência. Precisa conhecer esse ideal para que possa lutar por ele. Esse é o maior desafio na sua formação e requer vontade pessoal; uma escolha por se importar com o aluno e sua aprendizagem. Uma escolha para que sua forma de atuar faça a diferença na vida de cada estudante. Um professor que compreende quem ele é, e o que o move na vida, acaba buscando a excelência no que faz.

SANFRA incentiva a capacitação dos educadores

Para auxiliá-los na formação, o Colégio promove reuniões semanais da equipe pedagógica com os professores. Na medida do possível, cursos e especializações são subsidiados. Oferece oportunidades de aprofundamento na espiritualidade inaciana, na qual a educação jesuíta está fundamentada.

O amor pela educação é uma escolha. O professor que ama o que faz, busca a cada dia se renovar para que seus alunos possam aprender e entender a importância do que lhes é ensinado. Ensina com entusiasmo, paixão e generosidade, esforçando-se para tornar concreto o ideal de pessoa que quer formar.

Sobre a autora

Este artigo foi produzido por Denise Krein, diretora acadêmica do SANFRA. Ela possui MBA em Gestão Escolar pela USP/ESALQ, é Master of Science pela University of Washington dos EUA, licenciada em Pedagogia e em Física e bacharel em Química.