O que é necessário para aprender?
“Ensinar é simplesmente o arranjo de contingências de reforçamento.” (Skinner, 1968, p.5)
Em se tratando de vida escolar, tarefas e avaliações, normalmente nos atemos mais aos resultados, focando mais nos erros do que nos acertos que nossos filhos ou alunos cometem durante sua trajetória. Nesses momentos estamos apenas tentando corrigi-los e mostrar qual seria o caminho ideal, mais proveitoso – o que nos parece perfeitamente o mais correto a ser feito, pensando mais em resultados do que em processos de aprendizagem. Certo?
Bem, podemos tentar lançar sobre isso outro olhar – um olhar um pouco diferenciado e empático para com aquele que aprende, que estuda, que se esforça por vezes ao máximo e não consegue o resultado esperado por seus pais e professores. Basta para isso observarmos os arredores, as condições em que estes alunos estão estudando e tentar prover um ambiente propício para o aprendizado. Para aprender é preciso que haja interesse, possibilidades, incentivos, motivação, rotina, e consequentemente reforçamento positivo contingente aos progressos de cada dia. Devemos, enquanto pais e professores nos atermos mais aos acertos (ainda que mínimos) do que aos erros, criando uma atmosfera de possibilidades, de ganhos cotidianos, buscando despertar e manter o desejo, a curiosidade em aprender. Precisamos arrumar maneiras de fazer com que a criança perceba que seus esforços estão sendo recompensados e que suas dificuldades podem ser superadas, em um movimento positivo e progressivo.
Acompanhar a vida escolar do filho, mostrar interesse, estar junto e participando ativamente desse processo, em conjunto com as outras pequenas atitudes elencadas acima pode fazer grande diferença.
Autor: Paulo Sergio Estevam Ferreira (Psicólogo – CRP:06/93350)
B.F.Skinner. The Technology of teaching. (1968)