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A escola deve se perceber enquanto universo plural, em que as particularidades e demandas específicas do aluno devem ser identificadas e acompanhadas, promovendo contextos que incluam todos

Por Taize de Oliveira

O processo educativo é um fenômeno complexo que envolve a pluralidade de processos de desenvolvimento, a diversidade cultural, que comporta o contexto educacional, e a promoção da educação. Considerar a pluralidade, a diversidade e as necessidades educativas no contexto educacional é atuar em conformidade com a perspectiva de educação inclusiva e, para além, é possibilitar diferentes alcances de desenvolvimento para as diferentes demandas.

Na perspectiva da educação inclusiva, no Brasil, uma discussão inicial ocorre nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Especial (MEC-SEESP). Segundo esse documento, o contexto escolar deve investir em ações que favoreçam a inclusão, com mudanças no projeto político pedagógico, no currículo, na metodologia, na avaliação e nas estratégias de ensino que compreendam a diversidade e a incluam (BRASIL, 2001).

Atuar em consonância com a perspectiva da educação inclusiva é entender que as particularidades de cada aluno são referentes a processos de desenvolvimentos singulares. Assim, é preciso acompanhar, de maneira próxima, as necessidades específicas a fim de proporcionar os melhores contextos.

A atuação do Colégio São Francisco Xavier, com base nas individualidades dos alunos, ocorre de várias formas e com o apoio de todos os agentes que participam do contexto inclusivo em que a criança se insere. Ações voltadas para as particularidades e necessidades específicas dos alunos são possibilitadas e mediadas por toda a equipe pedagógica, com o cuidado de não expor ou evidenciar o aluno frente aos colegas, buscando a manutenção do respeito e o cuidado com as diferenças no coletivo.

Quanto às demandas individuais, há o acompanhamento pela psicologia educacional em quatro principais esferas: 1) atendimento à família e comunicação recorrente sobre atitudes, demandas e desempenho do aluno; 2) comunicação com os professores  para avaliação de contextos e adequação de materiais e procedimentos específicos; 3) comunicação com o aluno e acompanhamento a partir das necessidades específicas; 4) comunicação com profissionais especializados externos ao Colégio, como psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros.

O reconhecimento das necessidades específicas de cada aluno, por avaliação pedagógica e pela psicologia educacional na rotina escolar, é levado ao conhecimento da família para que seja possível o encaminhamento a profissionais especializados. O acompanhamento do desenvolvimento de cada aluno é fundamental para que ele possa avançar em relação ao seu potencial individual, posto que o processo de aprendizagem não necessariamente ocorre pelo mesmo caminho para todos. Observar, acompanhar, adaptar o contexto e mediar a aprendizagem de maneira próxima são ferramentas fundamentais para a existência de um contexto educacional inclusivo.

Sobre a autora

Este artigo foi produzido por Taize de Oliveira, Psicóloga Educacional do SANFRA, Mestra e doutoranda em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem (UNESP) e Especialista em Educação Especial e Inclusiva (UFABC).